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segunda-feira, 23 de junho de 2008

Melhor motorista - O melhor dos melhores


Após 12 etapas realizadas em vários Estados com a participação de carreteiros em testes para medir consumo de combustível, conhecimento do caminhão, provas de habilidade ao volante e palestras sobre vários temas importantes para o profissional da estrada, o concurso foi encerrado no final de maio com a vitória do paulista Roberto César Octaviani, que se consagrou como o melhor entre mais de 21 mil motoristas inscritos. O vencedor ganhou, entre outros prêmios, uma viagem com acompanhante à Suécia para conhecer as instalações da Scania
João Geraldo
O paulista da cidade de Osvaldo Cruz, Roberto César Octaviani, 35 anos de idade e 19 de profissão, conquistou o título de Melhor Motorista de Caminhão do Brasil, em concurso realizado pela Scania, e que contou com a inscrição de mais de 21 mil carreteiros profissionais de várias partes do País. O vencedor se classificou para a disputa final na quarta etapa da competição, realizada em Ribeirão Preto/SP, ocasião em que se sobressaiu de um grupo de 40 profissionais, em que todos os participantes realizaram provas de percurso e habilidade previstos pelo concurso.
A competição O Melhor Motorista de Caminhão do Brasil é uma das ações da campanha Educação para a Segurança promovida pela Scania e foi criada com o objetivo de valorizar o carreteiro e contribuir como agente redutor dos acidentes nas estradas, os quais deixam mortos, feridos e um custo total de 22 bilhões de reais por ano, segundo estimativa do IPEA - Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas. "Atualmente, tenho medo das estradas, pois estão muito perigosas e um dos motivos é o despreparo. Temos de contribuir para tornar as rodovias mais seguras", disse Roberto Octaviani, que trabalha como encarregado de manutenção e responsável pelo treinamento de motoristas da transportadora Trans Zaneti e diz que quer voltar para a estrada.

A prova final que definiu o campeão envolveu habilidade no volante e calma. O motorista tinha de levar a carreta de um ponto a outro, em marcha à ré, dentro de um circuito delimitado por pilastras e com duas curvas (esquerda e direita) e retornar de frente para o ponto de partida. As manobras foram feitas simultaneamente entre Octaviani e o gaúcho Leandro Dallago, que foi mais lento para cumprir o pequeno trajeto e ficou com o segundo lugar do concurso. Silfarney Batista Cândido faturou o terceiro posto de O Melhor Motorista de Caminhão do Brasil.

O fato de os três terem sido considerados os melhores do Brasil entre os 21.107 carreteiros inscritos fez com que comemorassem a conquista com a mesma intensidade. A disputa final aconteceu no pátio da fábrica da Scania, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, reuniu os 12 semifinalistas (veja lista nesta matéria) para realizar as manobras ao volante de carretas, com semi-reboque de três eixos, e não faltou torcida na arquibancada para os competidores.
Roberto Octaviani se destacou entre milhares de motoristas
O diretor geral da Scania, Cristopher Podgorski, destacou que o projeto atingiu todos objetivos propostos e acrescentou que o concurso é uma ação que abrange a vida do motorista de caminhão. Disse também que a Scania sempre fomenta a segurança, desde a concepção dos projetos de seus produtos e o Melhor Motorista de Caminhão contribui para divulgar a segurança nas estradas. "Vamos continuar com a competição", adiantou o executivo. João Miguel Capussi, coordenador do projeto, também comemorou os resultados e lembrou que na próxima edição - em 2009 - a meta é ampliar a visibilidade do Melhor Motorista de Caminhão do Brasil. "Se salvarmos pelo menos uma ou duas vidas, teremos certeza de que valeu a pena", concluiu.
Concurso superou expectativas
O volume superior a 21 mil inscrições foi o primeiro sinal positivo de que a segunda edição do Melhor Motorista de Caminhão do Brasil seria bastante satisfatória para a Scania. Durante as finais regionais - no período de 09 de fevereiro a 17 de abril - foram realizadas 12 etapas em cidades de vários Estados.
Em cada uma das 12 etapas, o concurso reuniu os motoristas aprovados na primeira fase, que envolveu questões sobre leis de trânsito e segurança nas estradas. Para responder às questões propostas, os candidatos tiveram de ler sobre o assunto, sendo que ao final sobrou um grupo de cerca de 500 carreteiros aprovados para a segunda fase (com 12 etapas semifinais), que teve início dia 09 de fevereiro em Maringá/PR.
Cada uma das semifinais reuniu grupos de até 40 motoristas para fazerem os testes práticos que começavam pelo de Direção Econômica, realizada com uma composição bitrem carregada no peso de balança e tracionada por um cavalo-mecânico Scania R 470 4X2. Nesta prova, os Master Drivers da Scania (motoristas que dão treinamento) avaliavam o comportamento do carreteiro ao volante, como modo de dirigir em geral, com ênfase às trocas de marchas.
O passo seguinte era o check list (feito em outro caminhão) no qual o motorista tinha de fazer a checagem de rotina do veículo como se fosse enfrentar a estrada com ele. Além de apontar, era necessário dizer ao Master Driver que acompanhava o teste o nome do item que estava sendo vistoriado. Somente depois desta fase, o candidato estava liberado para fazer a prova prática, ao volante de um Scania R 420 equipado com caixa de transmissão automatizada Opticruise e atrelado a uma carreta de três eixos sider.
A primeira manobra era passar com as rodas do lado direito da composição sobre uma rampa e depois, em marcha à ré, com os pneus do outro lado. Na seqüência, ainda em marcha à ré, tinha de entrar e sair de uma área montada em forma de "T". Esta prova foi considerada a mais difícil de todas. O próximo passo era passar por um portal onde - antecipadamente - o motorista já tinha levantado um travessão deixando uma altura suficiente para o caminhão e o semi-reboque passarem sem tocar o teto do cavalo-mecânico ou do baú. Dois barris posicionados também pelo motorista ficavam na saída do arco. A última manobra era parar o caminhão o mais próximo possível de um alvo demarcado no chão. Todo o circuito deveria ser realizado no tempo de nove minutos, sendo que cada uma das manobras havia contagem de pontos.
O evento tem patrocínio da Pirelli, ABN-AMRO Aymoré Financiamentos, Repsol YPF, Consórcio Scania Brasil e Lubrificantes Scania e conta com apoio do Ministério das Cidades, Polícia Rodoviária Federal, Denatran, CNT, Sest/Senat, NTC&Logística, Fabet e Pamcary.

Fonte: www.revistaocarreteiro.com.br
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